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sexta-feira, 17 de junho de 2011

Mito de Sísifo - Albert Camus

Nascido em 7 de dezembro de 1913 em Manclovi, na Argélia, desde cedo se deparou com situações que lhe ofereceram consciência real do mundo em que vivia. Seu pai, bretão, agricultor, foi morto durante a I Guerra Mundial em 1914. Sua mãe, argelina, desde então, trabalhou duramente para sustentar sua família A infância de Camus deu-se no bairro popular de Belcourt, em Argel. Ali viveu sob condições simples inserido num círculo familiar que mais tarde marcou profundamente a sua obra. 


Contudo, foi sem preconceito ou vergonha que ele próprio descreveu este período: “Embora eu tenha nascido pobre, nasci sob um céu feliz, num ambiente natural onde alguém se sente em união, desalienado”.
Mito de Sísifo nos fala que;
Sísifo tinha a reputação de ser o mais habilidoso e esperto dos homens e por esta razão dizia-se que era pai de Ulisses. Sísifo despertou a ira de Zeus quando contou ao deus dos rios, Asopo, que Zeus tinha seqüestrado a sua filha Egina. Zeus mandou o deus da morte, Tanatos, perseguir Sísifo, mas este conseguiu enganá-lo e prender Tanatos.
A prisão de Tanatos impedia que os mortos pudessem alcançar o Reino das Trevas, tendo sido necessário que fosse libertado por Ares. Foi então que Sísefo, não podendo escapar ao seu destino de morte, instruiu a sua mulher a não lhe prestar exéquias fúnebres.
Quando chegou ao mundo dos mortos, queixou-se a Hades, soberano do reino das sombras, da negligência da sua mulher e pediu-lhe para voltar ao mundo dos vivos apenas por um curto período, para a castigar. Hades deu-lhe permissão para regressar, mas quando Sísifo voltou ao mundo dos vivos, não quis mais voltar ao mundo dos mortos
Hermes, o deus mensageiro e condutor das almas para o Além, decidiu então castigá-lo pessoalmente, infligindo-lhe um duro castigo, pior do que a morte. Sísifo foi condenado para todo o sempre a empurrar uma pedra até o topo de uma montanha, no entanto, sempre que estava quase a chegar ao seu objetivo a pedra voltava sempre a rolar pela encosta abaixo, o que o obrigava a fazer tudo outra vez, por toda a eternidade.
No trabalho temos uma rotina que muitas vezes não modificamos por comodismo, medo de enfrentar a vida e supostos “castigos”, mas que tantas vezes são piores até que sejam enfrentados e modificados e para que por fim se possa ser livre.
Se é por tantas vezes acomodado num sistema que não deseja seres pensantes e independentes, por isso da importância de buscar lutar para modificar a rotina e jamais perder a esperança, Sísifo não teve possibilidade, por ser um mito, mas o ser humano tem.
Para o ser humano existe a possibilidade de modificar a rotina absurda, de lançar longe o rochedo das misérias, da ignorância e da inconsciência; deixar de repetir os dias, os anos e as vidas sem variação alguma para construir o próprio destino. Pensemos que poderemos superar aquele trabalho rotineiro, inútil e sem esperança modificando a nossa vida, o nosso presente e o nosso futuro.
Não recebemos castigos que sejam para a vida inteira, todos temos possibilidade de mudanças basta não desistir ter esperança e buscar alcançar nossos objetivos, talvez demore para se adquirir este momento de consciência adquirida, como Albert chama, mas é importantíssimo não desistir, por causa de obstáculos que aparecem em nosso caminho.
Para o ser humano existe a possibilidade de modificar a rotina absurda, de lançar longe o rochedo das misérias, da ignorância e da inconsciência; deixar de repetir os dias, os anos e as vidas sem variação alguma para construir o próprio destino.